“Independentemente da religião em causa, as pessoas zangadas matam”, escreveu o ex-primeiro-ministro da Malásia em várias mensagens publicadas no Twitter. Sem nunca se referir ao ataque de Nice, Mahathir Mohamad defendeu que a liberdade de expressão “não inclui insultar outras pessoas”.

Mahathir Mohamad, que ocupou por duas vezes o cargo de primeiro-ministro, acumulando 24 anos na chefia do executivo malaio, declarou que os muçulmanos “têm o direito de matar milhões de franceses”, pouco depois do atentado numa igreja de Nice, ao qual, contudo, não fez referência.

Depois de ter chefiado o governo da Malásia, país muçulmano, até Fevereiro passado, Mahathir publicou várias mensagens na sua conta no Twitter, partindo do assassínio, a 16 de outubro, do professor francês que tinha mostrado caricaturas de Maomé aos alunos.

Ao referir-se à decapitação do professor, escreve que “independentemente da religião em causa, as pessoas zangadas matam. Os franceses, ao longo da sua história, mataram milhões de pessoas. Muitas eram muçulmanas”, continua Mahathir, acrescentando que “os muçulmanos têm o direito de estar zangados e de matar milhões de franceses pelos massacres do passado”.

Nos vários ‘tweets’ divulgados, Mahathir Mohamad não se refere ao ataque de Nice, ocorrido escassas horas antes e em que três pessoas foram mortas numa igreja católica por um homem que gritou ‘Allah Akbar’ (“Deus é grande”). O ataque ocorreu duas semanas depois da decapitação de um professor na região parisiense, assassinado depois de ter mostrado caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.

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