Como saberemos há agora novas investidas cruéis tentando alargar legalmente o genocídio dos nascituros através do aborto provocado — aborto e eutanásia now! — prolongando a sua licitude e cooperação legal pelos serviços de saúde, incluindo a licença maternal!!!, para as 12 semanas (PS) ou para as 14 semanas (BE). Esta aparente diferença de prazos existe tão somente para iludir os incautos.

Importa recordar que o aborto directo e deliberadamente provocado, como fim ou como meio, é sempre gravemente imoral, isto é, incompatível com a Lei de Deus, com o Seu Amor e com a recta razão da pessoa humana. O mesmo se passa com a eutanásia e o impropriamente chamado suicídio assistido que não passam de assassinatos deliberados e directos de pessoas inocentes, débeis e incapazes de se defender. Estamos, portanto, diante de tremendas ameaças, totalmente irracionais, que a serem aceites implacavelmente expandirão o terrorismo de Estado.

Ora, tanto no aborto como na eutanásia (ou cumplicidade activa no suicídio, impropriamente chamado assistido) provocados se torna patente o totalitarismo do Estado que não só se arroga o “direito” de assassinar os mais frágeis e inocentes como obriga por uma imposição ditatorial todos os portugueses a participarem, através dos seus impostos, na liquidação sistemática, injusta, malévola, horrorosa, hedionda e macabra de todas essas vítimas exterminadas no holocausto de uma ‘democracia’ diabolicamente perversa.

Todos nós, cristãos e demais pessoas de boa-vontade, temos a obrigação gravíssima de combatermos estas loucuras pavorosas, repulsivas e abomináveis. Em primeiro lugar com a oração, o jejum e os sacrifícios, pois sem Deus, sem Jesus Cristo nada podemos. É que guerreamos não só contra forças meramente humanas, mas principalmente contra poderes satânicos que influem em mentalidades e as dominam tornando-as reinantes.

Claro que isto não dispensa de modo nenhum a necessidade premente e constante de o Episcopado insistir, esclarecer sempre de novo, e mobilizar todos os fiéis da Igreja em nome do Amor e da Justiça de Deus, e do Amor do próximo (“morte assistida” não consiste em matar, mas sim em acompanhar em família e amigos, como sempre se fez, o enfermo nas suas horas quase ou mesmo finais). Obriga, ainda, principalmente os jornalistas, os empresários, a alta finança, os juristas e os políticos que aquando do Juízo Particular terão de prestar rigoríssimas contas a Deus.

Ouvi dizer que houve dois partidos que pediram ou vão pedir a revogação da “lei” da eutanásia; muitíssimo bem. Mas o PSD em que tantos em nome da defesa da vida apoiam por que não faz o mesmo? Infelizmente este partido político, desde Cavaco Silva, tem enormes responsabilidades na cultura da morte que se instalou em Portugal; é certo que não foi assim desde o princípio, mas, grande desgraça, corrompeu-se até à medula tornando-se moralmente indigno e incapaz de combater os necrófilos.

A oração e tudo o mais que acima dissemos implica o empenho de todos os cristãos e demais homens de boa vontade no combate acérrimo contra esta guerra dos fortes e poderosos contra os mais fracos, débeis e indefesos. Sendo que aqueles que têm maiores responsabilidades na defesa e promoção do Bem-comum serão igualmente mais responsáveis quando, no Juízo Universal, Jesus Rei do Universo vier julgar os vivos e os mortos proclamando a sentença definitiva de salvação ou de condenação eternas. Os pecados de omissão serão julgados com a mesma severidade que os pecados de comissão. Ali, não valerão de nada as pseudojustificações da democracia liberal relativista (de origem maçónica) ou do respeito dos seus procedimentos. Tudo isso será condenado como ignóbil e abominável.

Aborto e eutanásia now!

A imagem que ilustra este artigo apresenta uma Oração, aprovada informalmente pelo então Cardeal Ratzinger, e oficialmente aprovada pelo Senhor D. António dos Reis Rodrigues, então bispo auxiliar de Lisboa, sendo D. António Ribeiro Cardeal-Patriarca da mesma Diocese.

Consta que esta oração terá salvo muitas vidas e convertido um número muito significativo de propagadores do assassinato de bebés e de doentes em fase considerada crítica. Se isto que se diz é verdade, proponho-vos que a rezeis diariamente. Mas onde encontrá-la? Se quiserem, tenho cerca de 180 mil dessas pagelas aqui no convento — Largo da Luz, 11 em Lisboa (não será necessário que eu esteja no convento para as poder levantar). Foram guardadas depois de se terem distribuído mais de um milhão dessas orações um pouco por todo o país. As primeiras em 1997/1998 e as outras em 2006/2007. Tudo isto foi possível graças à generosidade de uns benfeitores que as pagaram, e a muitos outros voluntários que as distribuíram. Infelizmente nos dias que correm a mentalidade abortófila-eutanazi está cada vez mais enraizada nas mentalidades. Na minha opinião isso não se deve somente à esmagadora coligação necrófila da parte dos mais poderosos e influentes, mas também à ausência de um anúncio sistemático e permanente por parte do Episcopado, de muitos párocos, de Ordens religiosas, catequistas e variados movimentos.

Algumas propostas concretas

a) Em primeiro lugar algumas observações sobre os modos de rezar a oração: Nem todos poderão recitar a Oração na sua inteireza. Por exemplo, as crianças antes da primeira Comunhão poderão rezar somente a primeira página sem o Pai-nosso, a Ave Maria e o Glória; depois já poderão rezar a primeira página com a inclusão do Pai-nosso, Ave Maria e Glória; provavelmente a partir dos 14 ou 15 anos poderiam rezar a oração da segunda página; os jovens depois dos 18 anos e os adultos ganhariam muito em rezar tudo ou não sendo possível, rezar a segunda página. A propósito desta segunda importará explicitar que quando se diz que Cristo veio para que tenhamos a Vida (com V em maiúscula) não se refere somente (embora a inclua necessariamente) à vida biológica, mas também à Vida sobrenatural, à Graça Santificante, à Divinização. Pelo que a Oração não quer somente evitar a malignidade do morticínio nefando, mas quer também a salvação das almas dos infames assassinos, pedindo a sua conversão e arrependimento.

b) Convirá esclarecer uma outra coisa. Habitualmente nos documentos da Igreja fala-se da defesa e promoção da vida desde a concepção até à morte natural. Acontece, porém, que com os avanços técnicos e científicos hoje em dia é possível produzir vida humana independentemente da concepção, por isso inclui a expressão ‘desde a fase unicelular’ continuando com a expressão ‘em todas as fases da sua existência’ de modo a excluir quer a eutanásia quer o suicídio assistido, sendo depois reforçado com a ‘morte natural’, uma vez que tanto a eutanásia como o suicídio assistido são contra a natureza da pessoa humana, são irracionais.

c) Neste urgentíssimo apostolado e evangelização dever-se-á contar muito com os jovens escuteiros e outros pertencentes a movimentos ou a grupos paroquiais. Poderão por exemplo distribuir pelas caixas de correio nos prédios da sua zona, ou nos fins das missas dominicais, ou no perímetro fora do Santuário de Fátima. Eu, velhinho e decrépito como sou, tenho andado a distribuir nos barbeiros onde corto o cabelo, nas caixas de supermercados quando vou às compras, nos cafés, etc., etc.

É pena que não haja mais pagelas como estas ou semelhantes. Deus nos inspire, ajude e ilumine para fazermos a Sua Santíssima vontade de modo que no final possamos ouvir Jesus na Sua Glória dizer-nos: Vinde benditos de meu Pai porque estava no seio de minha mãe e me salvaste, estava doente e moribundo e de Mim cuidaste; recebei como herança o Meu Reino, pois tudo o que fizeste aos meus irmãos mais pequeninos, frágeis, inocentes e indefesos a mim o fizestes.

À honra e glória de Cristo Jesus. Ámen. 

Padre Nuno Serras Pereira

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